Uma flor perdia seu trono,
Morrendo de tanto abandono.
Bromélia brilhante que era,
Estranhava a ausência do zelo,
Luzindo entre os raios solares
Ousados gemidos de apelo.
Deus, despertando de um profundo sono,
Inocentava o desprezo humano,
Alegando que nem era primavera.
Divindade é divindade
E uma flor é uma flor.
Outras dela virão
Unir novamente a flora e o Senhor.
Tutor eterno e relapso de sua criação,
O todo poderoso evita cuidados em vão,
Num belo dia de outono
Ou em qualquer outra estação.