A noite dança pelo espaço
com seu vestido escuro
de estrelinhas tão brilhantes
quase no mesmo compasso
que o presente e o futuro,
nas entrelinhas dos instantes.
O poeta vê aquele
espetáculo
e entende que não há
obstáculo algum
entre a dança da noite
e a poesia
que ele mesmo
escreveria
ou que escreveria
qualquer um...
Mas é preciso escrever
antes que a noite se
canse
e o clarão do sol
apareça
ou que o céu se
entristeça
e num simples relance
comece a chover.