31 de outubro de 2015

Borboleta

Atravesso minhas recordações
à nado

e vou dando braçadas e pernadas
pra nada

além de lembrar.

Não temo memórias bravias
e penso que águas passadas
são vias
do meu movimento.

21 de outubro de 2015

Transpiro

Choro
por todos os poros,

lacrimejo pelos pés,
evaporo,

transpiro agruras,

pedalo até o infinito
e espanto qualquer sentimento
que não mereça me ter como lar.


Trans

Vou me adaptar
às ruas.

Vou mandar pintar
sinais

por onde a vida continua...


20 de outubro de 2015

14 de outubro de 2015

Cinco Polegadas

Passeio na ponta
dos seus dedos ágeis.

Expande minhas margens.
Sou sua tela.

Touch me!
[Em busca das imagens
que as palavras semeiam neste poema sem foco].

Nas emoções sem contraste,
o maior brilho da noite,
o melhor quadro que existe.

Seu rosto em riste
de frente pra lente.
[Visão secular].

Seu verbo ocular
revela
meu vocabulário.
[Sou sua tela].