Thiago Kalu
Eu desisto.
Não sei se desisto ou insistoSem covardia nem sinais de fragilidade -
Simplesmente desisto.
Eu insisto:
É sem covardias ou fragilidades -
Mas, sinceramente, eu desisto.
Eu vi minha perseverança estraçalhada
E toda esperança espremida
Em lágrimas secas e duras
Tal qual pedaços de vida
Que apodrecem as laranjas maduras
Colhidas na beira da estrada.
Eu desisto.
Sem arrodeios, sem teorias -
Assim como se diz: Deus quis, eu existo
Eu insisto:
Quaisquer devaneios permitem poesias -
Amanhã, eu acordo feliz e despisto.
Vou entender que a vid’andadura
E deixar essa lágrima apodrecida;
Juntar a esperança colhida
E a perseverança parida e pirada;
Escolher um pedaço da estrada
Espremer e beber a laranja madura.
Só sei que resisto.
2 comentários:
como gosto desse gosto quem teus versos...
Postar um comentário