A tua boca me parece um templo
onde perco a noção do tempo,
atando todos os nós da saliva.
Na quentura da tua língua,
mesmo quando a lua míngua,
a noite é leve, longa e viva.
É a boca que xinga,
que come
e que bebe
[que me bebe],
liquid’omem
no mundo moringa.
Ao sentir o gosto da vida
teu rosto engravida
um instante risonho
em que sempre me ponho
numa dose desmedida.
Um comentário:
ótimooo, q gostoso de ler Kalu!
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