Eu nunca chorei direito.
Amadureço
e desaprendo ainda mais o choro.
Mesmo assim por tudo choro.
Deságuo despedidas.
Gotejo emoções cotidianas.
Chovo saudades ingratas.
Amo em cataratas.
Sou rio em conquistas minúsculas.
Viro orvalho quando falho,
E sigo apenas uma regra:
só engulo lágrima que alegra.
Não por saber que o sabor é mais tenro,
mais ameno,
mais solúvel na saliva.
Acontece que o choro
é matéria viva
Nenhum comentário:
Postar um comentário