Uma flor perdia seu trono,
Morrendo de tanto abandono.
Bromélia brilhante que era,
Estranhava a ausência do zelo,
Luzindo entre os raios solares
Ousados gemidos de apelo.
Deus, despertando de um profundo sono,
Inocentava o desprezo humano,
Alegando que nem era primavera.
Divindade é divindade
E uma flor é uma flor.
Outras dela virão
Unir novamente a flora e o Senhor.
Tutor eterno e relapso de sua criação,
O todo poderoso evita cuidados em vão,
Num belo dia de outono
Ou em qualquer outra estação.
3 comentários:
Kalu, poeta de mancheia! Escrever poesia dessa forma é uma brincadeira prazerosa.
Q lindo, Thi!
Vc é um talento...
N sabia q vc escrevia tão bem.
Boa sorte, te adoro!
Bjos
Vivy
Quero ver você recitando isso, menino! :)
ó uma de Rai Bomfim
Uma flecha que cruzou o céu abriu o espanto
na boca de todos, Avuela.
Tinha gente que nunca tinha visto uma flecha,
mas não duvidou quando viu.
A flecha veio voltando pro arco, qual bumerangue,
e o arco era o meio da gente.
Reconheceram seu corpo nela, souberam que você
é viva e que é doida e volta.
Ela arriscou nosso pensamento e do pensamento
sangraram uns corações estranhos que até hoje
ribombam.
Tá uma epidemia lá fora, Avuela, o povo tá febril
de histórias.
Depois que a flecha passou, a gente não soube
bem o que fazer:
a gente respirou fundo e aplaudiu.
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