31 de janeiro de 2011

O Furor da Necessidade

Thiago Kalu

Se eu fosse um pouco mais sonolento,
Não seria sargento
Das forças armadas.

Se eu fosse um tantinho mais displicente
Não seria tenente
Das forças armadas.

Se eu tivesse olhado à frente, analisado
E vencido o furor da necessidade -
Pra falar a verdade –
Eu nem era soldado.

Dispensava todo o risco
E venderia marisco
No litoral da Bahia.

Siri, camarão e guaiamum
(Até enlatado vencido de atum)
E teria alegria.

Mas sou de uma Força Armada -
da Marinha, para ser específico -
E hoje desbravo o pacífico
Com uma saudade danada
De tudo e de nada.

3 comentários:

Nyala... disse...

Mas é que eu fico assim, com esse orgulho no peito. E tem jeito?

Daniel Farias disse...

massa

Amanda Rosa disse...

Eu adoro ler suas coisas.