2 de maio de 2011

Cinzas Luminosos

Nos últimos compassos
Dessa nossa relação morrediça,
Eu te peço que não desperdice
O resto de amor que nos sobra
E a sombra de amor que nos resta.

Se ainda houver destroços
De qualquer paixão movediça,
Eu tropeço no vão do que disse
E testo o tempo que dobra
O texto que trago na testa.

Eu te amo

[Nos clarões aguardados
entre os dias mais chuvosos].

Eu te amo

[Em tons mais demorados
que os Cinzas Luminosos].

Eu ainda te amo.

[Em suspiros aliviados
pela leveza de Manoel de Barros].

Eu ainda te amo

[Alheio ao passar e pensar do tempo;
indiferente ao buzinar dos carros].

4 comentários:

Jarbas disse...

Mano Kalu, para ler muitas vezes e diexar-se perder nas dobra das palavras.

Betão disse...

Kalu me velho, simplesmente, AMEI.....!!!

Laíla disse...

Adorei! Sempre bom te ler... :)

Anônimo disse...

Amei!!!