28 de maio de 2011

O Gosto da Vida

A tua boca me parece um templo
onde perco a noção do tempo,
atando todos os nós da saliva.

Na quentura da tua língua,
mesmo quando a lua míngua,
a noite é leve, longa e viva.

É a boca que xinga,
que come
e que bebe
[que me bebe],
liquid’omem
no mundo moringa.

Ao sentir o gosto da vida
teu rosto engravida
um instante risonho
em que sempre me ponho
numa dose desmedida.

Um comentário:

Amanda Rosa disse...

ótimooo, q gostoso de ler Kalu!